O núcleo doutrinal do apocalipse está constituído pela segunda vinda do Senhor – a Parusia – e o estabelecimento definitivo do Seu Reino no fim dos tempos, que inclui diversos conteúdos:
DEUS TODO PODEROSO
Deus é “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim”[1]. Ensina-se a transcendência e o poder absoluto de Deus. Deus é o princípio, donde todas as criaturas recebem o seu ser, pois pela sua vontade, o que não existia foi criado[2]; também é o fim porque tudo se dirige e se realiza n’Ele.
Deus é “Aquele que é, que era e que há de vir”[3], utilizada na literatura judaica para explicar o nome de Yahweh “Eu sou Aquele que sou” revelado a Moisés[4]. Deus é aquele que era no passado, desde toda a eternidade, atua desde a criação. É aquele que há de vir, com sua presença dinâmica e salvadora que não cessará jamais.
O apocalipse ensina que Deus “vive pelos séculos dos séculos”[5]. Também, chama “Deus vivo”, expressão comum do Antigo Testamento. Compara o Deus vivo e os ídolos, que “são obra da mão do homem: Têm boca e não falam, tem olhos e não vêem”[6]. Deus é eterno, imortal, vive desde sempre e para sempre. É o Pantocrátor, o Todo poderoso, com poder omnímodo (ilimitado), ao qual tudo está submetido[7]. Deus é o Senhor da História e nada escapa à Sua providência divina: “Eu serei para ele Deus, e ele será para mim filho”[8]. No fim Seu poder criador e o Seu amor infinito levarão Deus a restaurar tudo e a criar um mundo novo[9].
Deus, será apresentado como Juiz Universal, a cujo juízo ninguém poderá escapar[10]. No final dos tempos prevalecerá Seu amor infinito em que fará nova todas as coisas[11]. Não haverá noite, a luz divina brilhará para sempre[12], nem dor, nem lágrimas, pois o mundo velho passou.
[1] Ap 1,8; 22,13.
[2] Ap 4,11.
[3] Ap 1,4.
[4] Ex 3,14.
[5] Ap 4,9-10; Dn 4,31.
[6] Sl 115,4-5.
[7] Ap 1,8; 4,8.
[8] Ap 21,7.
[9] Ap 21,5.
[10] Ap 20,12.
[11] Ap 21,5.
[12] Ap 22,5.
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